Figurinos de filmes western tendem a combinar as cores das roupas dos personagens com a aridez do cenário em que eles se incluem. De repente, era uma estratégia real para as pessoas chamarem o mínimo de atenção possível na época em que o bangue-bangue era a regra da justiça. Não é diferente no remake que os irmãos Cohen prepararam para o clássico de 1969, baseado no livro homônimo do jornalista Charles Portis, Bravura Indômita. A versão de 2010 é, no entanto, incrivelmente mais fiel à obra literária original e com menos dos cinismos e sarcasmos característicos dos irmãos cineastas. Tudo funciona bem em um filme de roteiro límpido e quase ingênuo.
O figurino de filmes épicos serve, mais do que qualquer outra coisa, para fazer os atores se encaixarem melhor em seus personagens. É opinião unânime que os artistas só sentem, de verdade, como é representar um bandido valentão dos anos 50, um cavaleiro medieval ou uma camponesa feudal quando vestem as roupas que os caracterizem dessa forma. O trabalho de Mary Zophres, então consistiu basicamente em facilitar a imersão dos atores nas figuras tão bem demarcadas desta obra de velho oeste americano.
Beijos e Sucesso!
Andreia Napoleão
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