MUDAR A FORMA DA PISADA ALTERA O DESEMPENHO NA CORRIDA?

Uma mudança na forma de pisar pode levar a alguns riscos e isso pode acarretar em prejuízos para seu corpo.

Porém, alguns corredores tem esse processo de adaptação bem orientado e conseguem obter inúmeras vantagens utilizando a pisada com a parte anterior do pé (antepé).
O processo de aprendizagem de um novo tipo de pisada envolve vários aspectos que tem que ser pensados pelo seu professor antes de sair correndo na ponta do pé. Um aspecto que influencia muito nesse processo é a fadiga. Larson (2011) observou um padrão de pisada entre as marcas de 10 e 32 km de uma maratona. Ele encontrou um aumento progressivo no padrão de pisada feita com o calcanhar indicando uma influência da fadiga no processo de coordenação da corrida.
Com relação ao desempenho, quando comparamos a corrida descalça com a utilização de calçados vemos um aumento na “economia na corrida” onde componentes musculares elásticos contribuem no movimento poupando energia que poderia ser gasta durante a contração. Ainda não existe um corpo de evidências comparando a corrida descalça com a utilização de tênis minimalistas, porém podemos hipotetisar que a adição do peso do tênis ao pé trás implicações negativas na corrida. Os tênis com sistemas de amortecimentos mais elaborados acabam sendo mais pesados. Um tênis minimalista, leve (menor que 150g), pode ser uma forma ainda mais econômica (pensando na economia da corrida) do que a corrida descalça, onde teríamos um efeito de amortecimento de um tênis leve aliado a os benefícios da pisada com o antepé.
Lembrando que existem profissionais que podem te ajudar muito com essas questões. Já ouvi muitas vezes alunos dizendo: “Correr todo mundo sabe, ninguém precisa me ensinar”. Porém uma análise feita por um fisioterapeuta aliada a um treinamento “pensado” por um bom educador físico pode melhorar muito seus resultados e tornar a prática mais segura.
Referencias
Tam, Nicholas, et al. “Barefoot running: an evaluation of current hypothesis, future research and clinical applications.” British journal of sports medicine(2013): bjsports-2013.
Larson P, Higgins E, Kaminski J, et al. Foot strike patterns of recreational and sub-elite runners in a long-distance road race. J Sports Sci 2011;29:1665–73.
Por Yuri Motoyama


0

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...